quarta-feira, 25 de abril de 2012

Guia de carreiras: pedagogia


Guia de carreiras: pedagogia

Profissional é preparado para saber ensinar. 
Apesar dos salários baixos, mercado vai além do trabalho nas escolas.

Andressa GonçalvesDo G1, no Rios
O pedagogo deixou de ser apenas aquele profissional de educação que atua dentro das escolas. Apesar de haver um desprestígio da carreira, do salário não ser atrativo e de cair o número de candidatos que buscam cursos superiores nesta área, especialistas garantem que o mercado de trabalho está cada vez mais amplo.
Assista, ao lado, vídeo sobre a carreira
Guia de Carreiras Pedagogia (Foto: Editoria de Arte/G1)Guia de Carreiras Pedagogia (Foto: Editoria de Arte/G1)
Quem se forma em pedagogia está habilitado a atuar dentro das escolas. Esta atuação pode envolver a educação infantil, que corresponde a creches e pré-escola, o magistério nas séries iniciais do ensino fundamental, que seria do primeiro ao quinto ano, podendo ensinar matérias pedagógicas em cursos normais e na área de gestão do colégio, coordenação e orientação pedagógica. Nos espaços não-escolares, os profissionais também saem habilitados a trabalhar em ONGs, museus, brinquedotecas, bibliotecas, mídias educativas, pesquisa, produção de material pedagógico, políticas educacionais e qualquer espaço que tenha algum tipo de educação envolvida.
A professora e coordenadora do curso de pedagogia da PUC Rio, Zena Eisenberg, destaca ainda outros campos de atuação. "A gama de oportunidades é muito vasta, mas a educação à distância é uma área que está crescendo e requisitando muito a presença de pedagogos. Muitos de nossos ex-alunos também conseguiram oportunidades fazendo consultorias, na elaboração de projetos e no setor de RH."
Zena Eisenberg explica que essa procura das empresas por pedagogos que possam fazer o treinamento do pessoal, é uma saída para quem quer trabalhar com educação sem se restringir à escola. "Vários alunos entram aqui e não tem interesse nenhum em trabalhar na escola. O salário do professor é muito baixo ainda, ele tem sido muito pouco valorizado. Paradoxalmente, cada vez mais as pessoas, as ONGs, as empresas, as TVs estão se dando conta da necessidade de uma pessoa que entenda de didática, de educação, de como transmitir conhecimento. E é o pedagogo quem sabe fazer isso. Como essa perspectiva salarial é melhor, os estudantes têm sido atraídos para esses outros espaços."

As habilidades e competências que um pedagogo tem que ter quando ele sai do curso estão relacionadas a lidar com o outro de uma forma educacional. "Se vai trabalhar com criança pequena ou com jovens e adultos, tem que saber quem é essa criança, como ela aprende, ter metodologias a mão, entender porque ela ainda não está alfabetizada, ter embasamento teórico muito grande para poder entender essa interação e as dificuldades que se apresentam durante essa interação.", explica Zena.
São necessários quatro anos de graduação para a formação em pedagogia. A formação completa e preparação pedagógica do profissional se dá através de quatro metodologias: ciências sociais, matémática, língua portuguesa e ciências naturais. A partir daí, os alunos passam quatro semestres completos dentro da escola, fazendo estágios para poder se habilitar a trabalhar com essas quatro áreas. O objetivo do curso é preparar a pessoa para que ela trabalhe de forma educativa, com os materiais e com as pessoas.
Sala de aula (Foto: Reprodução/RPCTV)Sala de aula (Foto: Reprodução/RPCTV)
Desafios da carreira
Zena Eisenberg reforça que o maior desafio para formar bons professores no país, é aliar a teoria e prática. "Historicamente, os cursos de formação de professores no nível normal, no ensino médio, enfatizaram muito a técnica, a metodologia e acabaram encaixotando certas didáticas, que tornaram-se muito automáticas", afirma.
"O que eu faço se uma criança chora, se bate, se ela não acompanha, se faz muito barulho, se atrapalha, são várias as questões do mundo real da sala de aula principalmente que não são contempladas quando você está pensando e enfatizando a teoria no curso."
Segundo ela, o baixo salário que não permite a sobrevivência independente também acaba afastando as pessoas desses cursos. Por isso, a questão de ir para a escola pública ou particular é uma questão que divide os estudantes. A escola pública tem a vantagem de ser uma função estável por depender de um concurso público, já a escola particular paga bem melhor.
O piso nacional da educação para professores com nível médio é de R$ 1.451 para 40 horas semanais. Mas a média salarial de quem se forma em pedagogia varia de estado para estado e município para município. Se o profissional tem um mestrado no currículo, o valor pode aumentar até 20%.
No Brasil, o pedagogo pode atuar apenas com a graduação, mas a busca de especializações, cursos livres, pós-graduação podem ajudar a focar ainda mais na área de escolha, além valorizar a formação.

   GONÇALVES,Andressa.Guia de carreiras: pedagogia. Disponível em: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/guia-de-carreiras/noticia/2012/04/guia-de-carreiras-pedagogia.html .Acesso em: 25 Abril 2012.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Tudo sobre o programa Mais Educação presente na nossa cidade.




Programa Mais Educação

O Programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a escola está localizada.

Por esse motivo a área de atuação do programa foi demarcada inicialmente para atender, em caráter prioritário, as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), situadas em capitais e regiões metropolitanas.

As atividades tiveram início em 2008, com a participação de 1.380 escolas, em 55 municípios, nos 27 estados para beneficiar 386 mil estudantes. Em 2009, houve a ampliação para 5 mil escolas, 126 municípios, de todos os estados e no Distrito Federal com o atendimento previsto a 1,5 milhão de estudantes, inscritos pelas redes de ensino, por meio de formulário eletrônico de captação de dados gerados pelo Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC).  Em 2010, a meta é atender a 10 mil escolas nas capitais, regiões metropolitanas - definidas pelo IBGE - e cidades com mais de 163 mil  habitantes, para beneficiar três milhões de estudantes.

Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.


Entrevista feita sobre o programa Mais Educação

Quantos alunos têm nas salas?
R. 125 alunos, com 5 turmas, 3 à tarde e 2 pela manhã.


Como funciona o projeto nesta escola?
R. Ele funciona da seguinte forma: são dois dias da semana de projeto, os alunos que vêm para o projeto e moram longe tomam banho e almoçam aqui, estabelecendo uma educação integral para algumas crianças.


Qual é a faixa etária?
R. 10-12 anos


Quais são as áreas abordadas no projeto Mais Educação?
R. Português, Matemática, Direitos Humanos, Tênis de Mesa e Futsal.


Os alunos demonstram interesse nas aulas?
R. Sim.


Existe muita evasão dos alunos?
R. Não.  Os alunos gostam bastante.


O projeto ajuda no rendimento escolar?
R. Sim. Também são trabalhados os conteúdos abordados na sala de aula.


Quais os pontos negativos deste projeto?
R.A falta de recursos físicos, por exemplo: não há salas próprias do projeto, a quadra não tem cobertura dificultando as atividades esportivas. Dessa forma, prejudica o andamento do projeto.


 













Onde acontece o projeto.




Conclusões
O programa Mais educação traz para a Escola Estadual DR. Evandro Mendes, bons frutos. Ajudando bastante a vida desses alunos que têm a oportunidade de participar de uma educação integral, proporcionando um aprofundamento nas áreas abordadas pelo projeto. Mesmo com as dificuldades físicas da escola para poder fazer o trabalho, é considerável o esforço e a dedicação da equipe dirigente, criando força de vontade nos alunos para os estudos, proporcionando melhor rendimento escolar.



Referências:
DIAS, José Eduardo Santos. Programa Mais Educação. Lagarto, Escola Estadual DR. Evandro Mendes: 2012. Entrevista concedida a João Gustavo Neto.

Mais Educação. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br> acesso em: 17, Abril. 2012.





Trabalho elaborado pelos alunos do curso Letras Português-Inglês da Faculdade José Augusto Vieira: José Eduardo Santos Dias, Naiara conceição e Taissa silva.


       













domingo, 15 de abril de 2012

Frase da Semana

"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."

                                                                        (Paulo Freire)