Fichamento
do livro O Arco e a Lira
Naiara
da Conceição Santos[1]
PAZ, Octávio. O Arco e
a Lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
Objeto
Percebe-se que são
vários os conceitos utilizados para poesia ,pois ela é capaz de transformar o
mundo. Mesmo poesia e poemas estarem ligados, nem toda poesia contém poema mas
o poema emite a poesia. Contudo, são varias formas existentes de poesia levando
a construir um tipo ideal de poema , com isso o poeta se alimenta do estilo por
que sem ele não possuiria poema.
Objetivo
Mostrar que todas as
vezes que se compreende a poesia se introduzem resíduos alheios sendo
filosóficos, morais entre outros, mas sabendo que a poesia proporciona várias
coisas mesmo desaparecendo os significados daquelas palavras. Pois, poema está relacionado
ao tempo puro e a poesia é o tempo com
um ritmo criador.
Metodologia
O autor divide o texto
em três partes respondendo as seguintes questões: Há um dizer poético o poema
irredutível a qualquer outro dizer? O que dizem os poemas? Como se comunica o
dizer poético?
Principais
conceitos utilizados pelo autor.
“ A poesia é
conhecimento, salvação, poder, abandono. Operação capaz de transformar o mundo,
a atividade poética é revolucionaria por natureza; exercício espiritual, é um
método de libertação interior. A poesia revela este mundo, cria outro.” (p. 15)
“ [...] O poema é um
caracol onde ressoa a música do mundo e métricas e rimas são apenas
correspondências, ecos da harmonia universal [...].” (p. 15)
“ [...] O poema é uma
máscara que oculta o vazio, bela prova da supérflua grandeza de toda obra
humanal. “ (p. 16)
“ [...] O poético é
poesia em estado amorfo; o poema é a criação, poesia que se ergue [...]. O
poema é um organismo verbal que contém, suscita ou emite poesia [...].” (p. 17)
“[...] A técnica é
repetição que se aperfeiçoa ou se degrada: é herança e mudança [...].” (p. 20)
“[...] O poema é algo
que está mais além da linguagem [...].” (p. 27)
“[...] O poema não é
senão isto: possibilidade; algo que só se anima ao contracto de um leitor ou de
um ouvinte [...].” (p. 30)
“[...] O poema é via de
acesso ao tempo puro, imersão nas águas
originais da existência. A poesia não é nada senão tempo, ritmo perpetuamente
criador.” (p. 31)
Teóricos
que fundamentam o texto do autor
Aristóteles , Ortega y
Gasset, Nerval e Hugo, Velazquiz e Rubens, Valéry e Apollinaire, San Juan de La
Cruz, Sófocles, Eurípedes, Tirso, Lope, Góngora, Dámaso Alonso, Rubéns Dário,
Kavya, Konarak, Sor Juana, Monsieur Jourdan, Alfonso Reyes, Piero de La, Francesca,
Masaccio, Leonardo e Ucello.
Relação
entre o texto selecionado de Octávio Paz e o documentário “ Janela da Alma” de
João Jardim e Walter Carvalho.
A relação existente
entre eles é que a poesia e poema podem ser apreciadas como imagens pois,
quando se é bem observada torna-se uma forma de poesia mesmo com percepção visual
ou emocional diferentes, algumas pessoas só em ouvir o que lhe está sendo
narrado começa a “viajar” em suas próprias imagens interiores transformando-as
em poesia com isso, a poesia está presente pelo som, imagem, depoimentos e jogo
do sentido. Portanto não é necessário somente ver para saber que é poesia .
Principais
conclusões do texto de paz
“[...] Uma tela, uma
escultura, uma dança são, a sua maneira, poemas. E essa maneira não é muito
diferente da do poema feito de palavras. A diversidade das artes não impede sua
unidade. Ao contrário, destaca-a.” (p. 22)
“[...] Sob condições de
examinar com mais atenção em que consiste esse ultrapassar a história, podemos
concluir que a pluralidade de poemas não nega, antes afirma, a unidade da
poesia.” (p. 28)
“[...] A leitura do
poema mostra semelhança com criação poética. O poeta cria imagens, poemas, o
poema faz do leitor imagem, poesia.” (p. 30)
Principais
conclusões do documentário
“ O poder da palavra em
“Janela da Alma” nos faz abrir os olhos para um mundo mais subjetivo, mais
metafórico.” (p.15)
“Os diretores não
precisam usar imagens ( ou pelo menos não pecisam usar mais imagem do que
utilizaram), pois fica a cargo do espectador “viajar” em suas próprias imagens
interiores, guiadas pelas experiências narradas.” (p. 15)
“Como diz Wim Wender
para João Jardim e Walter Carvalho em seus depoimentos: “ Queria ver os filmes
nas estrelinhas, assim como fazia com os livros quando era criança. Não há
espaço entre as imagens, não há espaço para se projetar, introduzir neles os
próprios sonhos.”” (p. 15)
“ A poesia está
presente nesse jogo da subjetividade materializada pelo som, imagem, depoimento
e jogo de sentido.” (p.15)
Comentário
pessoal
Pode-se dizer que, a
poesia está relacionada com o conhecimento, poder, salvação, abandono capaz de
transformar o mundo no qual, revela um mundo e cria outro. Poema torna-se uma
grandeza de toda obra humana, mas nem toda obra construída sob as leis métricas
contém poesia, ela se isola num produto humano, o poético é poesia e o poema a
criação sendo o lugar de encontro com o homem com isso, as disciplinas
literárias são imprescindíveis se é preciso estudar uma obra. Percebe-se que, a
história e a biografia pode dar tonalidade de um período, descrever um estilo
como também desentranhar o porquê e como de um poema, ele por ser um objeto
único necessita de técnicas e estilo para da a partida pois, eles emitam o seu
tempo e sem eles não haveria poemas, mas só a poesia pode mostrar a diferença
entre criação e estilo, obra de arte e utensílio. Acrescenta-se que a linguagem falada está próxima da poesia
do que a prosa pois, a palavra tem potencialidade de direções e sentido já a
prosa identificar seus significados a custa dos outros para que no poema a
linguagem possa recuperar sua originalidade primitiva, pela redução que lhe
impõe a prosa e a fala. Contudo, o poema torna-se mais a além da linguagem, ele
é único e a leitura dele revela o que é poesia porque o poeta cria imagens e o
poema faz do leitor imagem, poesia. Portanto, poesia e poema faz parte da vida
humana.
Palavras-chave
Poema. Poesia. Estilo.
Linguagem. Poético.
Bem feito este fichamento.
ResponderExcluirMUITO BOM.
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